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Gen Villas Boas lembra os 50 anos da morte do soldado Kozel!!!

O soldado Mário Kozel filho, de 18 anos, seu corpo despedaçado e o general Villas Bôas: morte com 50kg de dinamite.

O comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, registrou em sua página no Twitter os 50 anos do atentado terrorista que matou covardemente em São Paulo o soldado Mário Kozel Filho, de apenas 18 anos de idade, que prestava serviço de sentinela da sede do então II Exército. “Kozel, Exército lhe presta continência”, diz a mensagem do general.

Sobre o atentado de 6 de junho de 1968, Villas Boas: “Há 50 anos, em um ato terrorista perpetrado contra o quartel-general do então II Exército em São Paulo, faleceu, com apenas 18 anos, o Soldado Mário Kozel Filho. Nossos heróis serão sempre lembrados. Kozel, o @exercitooficial lhe presta continência!”.

Vários integrantes do grupo responsável pelo ato terrorista, integrantes da organização Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), seriam premiados anos mais tarde com indenização de “perseguidos políticos”, que inclui pensão vitalícia. A Comissão de Anistia negou à família do soldado Kozel, muito pobre, qualquer tipo de reparação.

Kozel estava servindo ao Exército havia apenas seis meses, quando foi assassinado no atentado no qual foi utilizado um carro-bomba com 50 quilos de dinamite. O corpo do soldado foi despedaçado e saíram feridos gravemente outros seis militares. A explosão devastou uma área de raio de 300 metros.

Saíram gravemente feridos no atentado o coronel Eldes de Souza Guedes e os soldados João Fernandes de Sousa, Luiz Roberto Juliano, Edson Roberto Rufino, Henrique Chaicowski e Ricardo Charbeau. Kozel foi sepultado com honras militares. No atentado foram utilizados três fuscas e uma camionete.

Participaram do ato terrorista os seguintes integrantes da VPR: Waldir Carlos Sarapu, Wilson Egídio Fava, Onofre Pinto, Diógenes José Carvalho de Oliveira, José Araújo de Nóbrega, Oswaldo Antônio dos Santos, Dulce de Souza Maia, Renata Ferraz Guerra de Andrade, José Ronaldo Tavares de Lira e Silva, Pedro Lobo de Oliveira e Eduardo Collen Leite.

Renata Ferraz, chamada pelos militares e pela imprensa de “a terrorista loura”, guerrilheira da VPR e participante da ação, disse, trinta anos depois, que o atentado teve um motivação quase infantil. Dias antes, o mesmo grupo havia assaltado um hospital militar para roubar armas e o então comandante do II Exército, general Manoel Rodrigues Carvalho de Lisboa, foi aos meios de comunicação dizer que o ato tinha sido covarde e sem heroísmo e que desafiava os guerrilheiros a fazerem isso nos quartéis dele.

A resposta da VPR aceitando a provocação foi lançar um carro-bomba contra o próprio QG do II Exército. Renata diz que os integrantes do grupo depois se penitenciaram por isso, ao cair na provocação do general e que o “atentado não serviu para nada, a não ser matar o rapazinho”.