CAÇAPAVA e região

Editorial: A Cultura do “não tem verba”!!!

skyline cpvFinal de ano com perda para o comércio local, que reclama do baixo nível de consumo, e até mesmo do número pouco expressivo de pessoas circulando na cidade, especialmente agora, iniciado o período de férias escolares.

Entrevistamos três empresários da cidade, (Supermercados, loja de sapatos e loja de roupas), oportunidade em que encontramos bastante similaridade no nível de queixas, com seus respectivos comércios se preparando, adequadamente, mediante promoções brindes e até mesmo, como forma de atrair os consumidores, neste final de ano.

Entretanto, passados os festejos natalinos, já é possível se fazer uma análise dos níveis de negócios, que enfrentaram uma queda média em torno dos 20%, em relação ao ano anterior.

Preocupante visto que, sem vendas não há emprego e nem giro e, claro que isto tem a ver com o momento político vivido pela cidade que, abandonada do ponto de vista dos serviços municipais e sem investimentos atrativos de novas indústrias, muito pouco ou nada pode oferecer como forma de incentivar o consumo local.

Neste ano que se passou, que ficou marcado pela população como o ano do “não tem verba!”, situação expressada pela prefeitura para toda e qualquer necessidade municipal, com exceção às ligadas ao setor cultural, acaba nos mostrando um paradoxo eis que, na mesma proporção em que se fala da falta de dinheiro para as necessidades municipais, mostra, através do site e-transparência, níveis de arrecadação surpreendentes, simplesmente sem estarem alocados a projetos extremamente necessários à vida da comunidade.

Além disto, apesar do “não tem verba!”, os munícipes caçapavenses sentem-se enganados ao constatar que várias obras iniciadas na administração do sr. Henrique Rinco, todas com disponibilidades financeiras definidas e de posse do município, obras de altíssimo interesse à comunidade, como por exemplo a Creche do Iriguassu, o Centro Dia do Idoso, o Centro de Especialidades Médicas, além de outros, foram simplesmente condenados e abandonados à própria sorte, sem quaisquer vigilâncias, e já dão mostras de depredação e roubo de materiais.

Não há outra explicação plausível para o abandono destas, e de muitas outras obras municipais, que não a tosca visão de gente despreparada, que prefere evitar a valorização das obras do “inimigo”, a sentir as reais necessidades da comunidade.

Com relação às eventuais obras da atual administração, muito pouco tem a se falar, como por exemplo, no desnecessário e custoso alargamento de uma alça da rotatória ao lado do túnel sob a Via Dutra, obra que não serviu para nada visto que, antes de iniciada, passavam por ali dois veículos ao mesmo tempo e agora, continuam passando os mesmos dois veículos. Além do que a máquina da Prefeitura ainda quebrou uma tubulação de água que por ali passava, gerando mais prejuízos à cidade.

A outra obra que pode ser lembrada, a manutenção da via ao lado da Sabesp, que afundou por conta de problemas na rede de águas pluviais, obra caríssima, que demorou quase 8 meses a ser concluída, com sérios transtornos  ao trânsito e à cidade, e acabou sendo entregue nestes últimos dias, com vários e graves defeitos que colocam em risco o trânsito de veículos e pedestres.

Demais obras, pouquíssimas, ligadas a tapar um ou outro buraco aqui e acolá, além de reformas de pequeno porte em algumas escolas municipais. Tem uma delas que se encontra fechada, por falta de obras mais consistentes.

Por fim, lamenta-se a preferência do atual administrador municipal, na contratação de seu secretariado, baseado em alienígenas vindos de outras localidades, que não tem o menor interesse na cidade, a não ser o pecuniário (salário e benefícios). Se a cidade vai bem ou mal, não lhes interessa. Caçapava tem muita gente qualificada para exercer qualquer um dos cargos da administração pública municipal. De se estranhar a preferência por alienígenas.

Lamenta-se ainda que, a despeito da situação escalafobética atualmente vivenciada por toda a cidade, arvora-se a atual administração, a fazer, por puro revanchismo, uma “Exposição Roberto Lee”, utilizando o acervo hoje pertencente ao município, para promoção pessoal do secretário de Cultura, alienígena joseense, entrincheirado em Caçapava, por conta de seus vários problemas pessoais e políticos. Este evento, foi feito exclusivamente mediante a utilização financeira apelidada de “miúdas” no orçamento municipal (Valor de até R$ 7.999,00 que pode ser utilizado sem os habituais controles contábeis), situação que dificulta a fiscalização por parte dos munícipes. O evento ficou ainda marcado na história caçapavense, pela falta de público! Números ridículos, que certamente vêm maximizar o prejuízo da cidade.

Por outro lado, preocupa-nos a possibilidade de nossa cidade não estar fazendo as obras e serviços requeridos, situação que preserva a receita, com objetivos nada nobres visto que, ao contrário de uma empresa privada, o município não precisa e nem deve gerar lucros e nem aplicações financeiras, em detrimento ao bem estar municipal.

Lamentável! Esperemos que este tipo de situação seja superada, o mais rapidamente possível e que Caçapava retome o grau e nível de investimentos (mesmo que mínimos) que, pelo menos alivie os problemas atuais enfrentados pela população!

Explicável, portanto, o empenho do taiadaweb na crítica à atual administração, na certeza de que não estamos produzindo nenhum noticiário mentiroso e falso, e sim baseado tão somente na verdade, expressada de forma tão contudente e realista em prejuízo da cidade e de seus munícipes!