Sindicato agressivo vai acabar com a GM!!!
A GM (General Motors) de São José divulgou na manhã desta sexta-feira, uma nota condenando a ‘atitude’ do Sindicato dos Metalúrgicos de impedir, de forma truculenta e com ameaças, os funcionários que desejam voltar ao trabalho. A greve entra hoje em seu quinto dia. Na próxima segunda-feira haverá uma audiência entre o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) e a empresa.
Veja a nota na íntegra:
A GM lamenta profundamente a atitude do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos que está impedindo, de forma truculenta e com ameaças, que os funcionários que desejam voltar ao trabalho exerçam esse direito constitucional.
O impasse nas negociações da segunda parcela da PR se deve a uma proposta apresentada pelo Sindicato que não condiz com a atual conjuntura econômica do país, do mercado automotivo como um todo e com os resultados efetivamente atingidos pela GM.
É fundamental atentar para o quadro dramático que vive hoje a indústria no país. O mercado automotivo brasileiro registrou uma queda nas vendas em torno de 30% apenas em 2015. A expectativa para este ano é de um mercado em torno de 2 a 2,2 milhões de unidades, uma queda de quase 50% comparado ao recorde de 3,8 milhões de veículos vendidos em 2012. A indústria opera hoje no país com capacidade ociosa superior a 50% e os custos não param de crescer, impactados pela inflação e pela forte desvalorização do Real. Até mesmo o Onix, carro mais vendido do pais no ano de 2015, sofreu uma queda de 16.5% se comparado ao ano anterior.
Apesar dos impactos financeiros resultantes deste quadro, a GM priorizou os trabalhadores e conseguiu oferecer um valor de PR bastante elevado diante das circunstâncias. Os empregados já receberam no ano passado um adiantamento de R$ 8.500 e a empresa está disposta a pagar mais R$ 5 mil, totalizando R$ 13.500.
Mas a intransigência do sindicato, que parece ter uma pauta meramente política e não de real defesa dos interesses dos trabalhadores, impede um acordo, mesmo sendo ele desejado pela maioria dos empregados. A greve iniciada na última segunda-feira piora ainda mais o quadro econômico-financeiro da empresa e gera ainda mais prejuízos para a companhia. A oferta de PR da GM está no limite do possível e a empresa ingressou com pedido de dissídio coletivo, que será julgado na próxima segunda-feira no TRT de Campinas. A GM espera que o impasse seja resolvido e que os empregados retornem imediatamente aos seus postos de trabalho, evitando um prejuízo ainda maior do que aquele já causado pela queda acentuada no volume de vendas.
Já são de longa data, nossos alertas para o uso deste tipo de sindicalismo na região, praticado pelo grupo dominado pelo vulgo “Carcará”, que domina o Sindicato dos Metalúrgicos de SJCampos e região, o que já causou o fechamento de algumas fábricas com perdas de emprego para centenas de pessoas!
Eis que, de uns tempos para cá, o agressivo grupelho, que já tirou algumas linhas de produção da fábrica da GM de São José, levadas para outros estados em decorrência de greves agressivas e prolongadas, investe pesado na guerra contra a montadora, o que certamente resultará no completo fechamento da fábrica que desde 1959 deu emprego a milhares de pessoas na região e que tem uma responsabilidade social enorme junto à sociedade.
É preciso que os trabalhadores sindicalizados acordem para este momento grave e que pode representar, além do fechamento da fábrica de São José, a perda de milhares de empregos e o agravamento do problema social hoje existente na região.