2º Encontro de Carros Antigos de Campos do Jordão!!!
Hispano-Suiza 1911, pertencia ao acervo de Roberto Lee
Campos do Jordão recebe a partir desta sexta-feira, 15, o 2º Encontro de Carros Antigos que reúne uma pequena parte do acervo de veículos que estarão expostos no futuro Museu-Escola. O empreendimento está previsto para ser inaugurado na cidade em 2021 com centenas de modelos. Promovido pela Fundação Lia Maria Aguiar, a instituição pretende cativar não só os entusiastas do automobilismo, bem como as pessoas da região.
Durante o feriado prolongado, dias 15, 16 e 17 de novembro, moradores, visitantes e entusiastas poderão conferir gratuitamente na Praça do Capivari modelos de carros raros, entre antigos e especiais, que vão dos clássicos aos esportivos. A mostra reúne cerca de 50 modelos que pertenceram ao colecionador de carros antigos, Og Pozzoli (1930-2017). Acervo que desde 2018 está sob os cuidados da FLMA, empenhada em realizar um dos maiores desejos do aficionado por joias raras de quatro rodas: reunir toda as suas aquisições ao longo de uma vida em um grande museu.
Com uma série de atrações, o público presente fará uma verdadeira viagem no tempo, não apenas ao apreciar veículos de todas as épocas — brasileiros, americanos e europeus — como também uma agenda musical com atrações especiais e shows exclusivos.
O 2º Encontro de Carros Antigos de Campos do Jordão faz parte da programação cultural de fim de ano realizada pela Fundação Lia Maria Aguiar, dedicada há mais de 10 anos a oferecer entretenimento e desenvolver a cultura local, e que receberá ainda, nas próximas semanas, apresentações musicais inéditas e espetáculos teatrais.
A obra em andamento, com previsão de inauguração em 2021, inclui a abertura do Museu-Escola, indo além da exposição de centenas de carros e do fortalecimento do turismo local. Junto com o espaço, será lançado um novo projeto social, voltado à capacitação de jovens na arte de restaurar veículos antigos.
Para isso, assim como já acontece com os programas culturais de dança, música e teatro, serão criados núcleos de aprendizado e ensino profissionalizante em diversas áreas e segmentos de atuação relacionados à cultura do automóvel, e que contribuirão com a oferta de empregos da região.
Uma idéia fantástica, esta da criação do Museu-Escola, que já foi um dos objetivos da administração do ex-prefeito Henrique Rinco de Caçapava, que chegou a iniciar um projeto de restauro de alguns veículos (Alfa Romeo Coloniale, Buick 1941, dentre outros), situação que não se completou, inteiramente.
Museu Paulista de Antiguidades Mecânicas Roberto Lee
Fundado em 1963 no município de São Paulo, com o nome Museu Paulista de Antiguidades Mecânicas, formou-se a partir do acervo particular do empresário Roberto Eduardo Lee iniciado em 1949. Em seu auge na década de 70 o museu chegou a manter em sua coleção mais de 150 veículos, exibindo raros exemplares do automobilismo mundial. É considerado a primeira iniciativa do gênero na América Latina.
No ano de 1965 foi transferido para o município de Caçapava, em propriedade do empresário, a Fazenda Esperança, onde permaneceu aberto até 1993. A coleção de veículos e acessórios do Museu Paulista de Antiguidades Mecânicas foi tombada pelo CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico, órgão subordinado à Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, em 1982. Constam no processo de tombamento cerca de 97 veículos, acessórios e objetos. Após a morte de Roberto Lee, em 1975, diversos veículos cedidos em consignação ao museu foram retirados das instalações por seus proprietários.
Durante quase duas décadas o acervo permaneceu na propriedade sem a devida manutenção. Em 2011, a filha de Roberto Lee, Mariangela Maratazzo Lee doou ao município de Caçapava os veículos restantes do acervo em 2011.
Em sua situação atual, o acervo encontra-se no Centro Cultural de Caçapava, sendo utilizado politicamente, pelo atual prefeito e seu secretário de Cultura, que criaram um sistema de visitas aos veículos, que chega a afugentar os interessados. São visitadas monitoradas (?!), com horário previamente agendado de acordo com o interesse do secretário e sem acompanhamento de guia conhecedor e especializado.
Caçapava, como Capital Nacional do Antigomobilismo, está um zero à esquerda, visto inexistir o interesse público em restaurar, abrir um museu e incentivar a visitação, inclusive com chamamento estratégico de marketing, nas proximidades das diversas rodovias que passam pelo município.